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Por que ainda estamos no meio do caminho?

Publicado no dia: Qui, 9. Mai 2024
Por que ainda estamos no meio do caminho?
Não é novidade, nem gera espanto, o fato de tão poucas mulheres assumirem posições de liderança. Segundo o BR Rating (2021), apenas 3,5% das corporações têm mulheres atuando como CEOs; das empresas destacadas na Fortune (2021), apenas 41 são lideradas por mulheres, o que representa 8%. 

Historicamente, o mundo corporativo é chefiado por homens, sendo comum que as empresas reflitam as demandas e os interesses masculinos: homens indicando homens, criação de obstáculos para que as mulheres ascendam a cargos superiores e desconfiança ou descrédito quando chegam em posições de liderança. O conceito de “teto de vidro” é aplicado às mulheres como referência às barreiras enfrentadas, enquanto o conceito de “escada rolante” é aplicado aos homens para mostrar que, homens, em condições semelhantes às mulheres, tem maior mobilidade dentro das organizações.

Nós, consultoras da Growth, temos o privilégio de conhecer e conviver com muitos gestores, homens e mulheres, e vivenciar os desafios de ser mulher no mundo corporativo. A partir de nossas experiências e observações, separamos alguns pontos para reflexão:

• Elogiar seu próprio trabalho é saber se vender

Observamos que as mulheres têm mais facilidade para elogiar e identificar o bom trabalho de colegas. Isso nos faz acreditar que os outros também irão reconhecer nosso trabalho naturalmente; ledo engano... Precisamos aprender a falar sobre nossas qualidades e sucessos. Além disso, aprender a falar sobre nossas expectativas e ambições, caso contrário, vamos ficar por onde estamos e não seremos lembradas diante de oportunidades.

• Não ter medo de se posicionar

Precisamos ocupar espaços, colocar nossa voz para todos ouvirem. Vemos muitas vezes as mulheres não se colocando em reuniões ou só falando quando são convidadas. Também ouvimos muito: ‘as meninas vão apresentar, as meninas têm algo a acrescentar...’; não somos ‘meninas’. Mesmo parecendo carinhoso há muitos significados por trás dessa palavra. ‘Menina’ não passa confiança, infantiliza, e quase nunca ouvimos para nossos colegas ‘os meninos’. Vamos nos posicionar mais pois, mesmo que demore um tempo, seremos ouvidas.

• É possível criar empatia sem dar liberdades indesejadas

No mundo corporativo, homens estão à vontade para dar tapinhas nas costas, rir alto de uma piada, encostar no cotovelo de seu interlocutor durante um aperto de mão. Isso são formas de demonstrar empatia, criar laços e construir relações de confiança. Para as mulheres, isso é bem mais difícil: qualquer sorriso pode ser entendido errado e gerar situações constrangedoras (ou até mesmo criminosas, afinal, assédio é crime). Preferimos passar em branco, sem chamar atenção, e algumas vezes ficamos fora dos círculos políticos da organização. Olhe nos olhos de seus interlocutores, mas não hesite em colocar limites e esclarecer que toda relação é estritamente profissional.

• Pensar e agir com foco no longo prazo

As mulheres costumam ser muito eficientes no que fazem, com cuidado aos detalhes, dedicação e grande preocupação em fazer o certo, nos tornamos ótimas executoras do dia a dia. Mas, é preciso sair da nossa zona de conforto, ter jogo de cintura, aceitar os imprevistos, e pensar no futuro da empresa e em seu posicionamento. 

Nós acreditamos que estamos no caminho da mudança, e que o poder está nas nossas mãos: pensamos, compartilhamos, questionamos e destruímos criativamente o que não serve mais para dar lugar ao novo! Sabemos que muitas das situações dependem de uma mudança de mentalidade dos homens e nosso, por enquanto, o que devemos fazer é não ter vergonha de ser mulher: passe seu batom, coloque seu perfume, use cores e mantenha o tom da voz com seriedade.

Aqui na Growth somos maioria, temos voz, tanto internamente quanto nos clientes, acreditamos que assim já conseguimos mudar a realidade ao nosso redor e continuaremos nessa jornada. Se precisarem estamos aqui! 
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